As
primeiras tentativas de separação do sul do Sudão com o norte do país é datado
de 1955 quando ocorreu a primeira guerra civil
sudanesa.
A Primeira Guerra Civil
Sudanesa, também conhecida como Rebelião de Anya Nya – exército paramilitar formado por rebeldes separatistas do sul do Sudão durante a primeira guerra civil
sudanesa
–, foi um conflito bélico ocorrido entre 1955 e 1972 entre a parte norte
do Sudão e a parte sul que
exigia maior autonomia regional. Meio milhão de pessoas morreram durante os 17
anos de guerra, que pode ser dividida em três fases: a guerra
de guerrilhas inicial, o Anyanya e
o Movimento para a
Libertação do Sudão do Sul. O conflito foi encerrado com a assinatura do tratado de Adis Abeba de 1972.
O Tratado de Adis Abeba, também conhecido como Acordo de Adis Abeba,
foi uma série de compromissos firmados em 27
de fevereiro de 1972,
com o objetivo de apaziguar os líderes da insurreição no sul do Sudão,
após a primeira guerra civil
sudanesa se
mostrar muito dispendiosa para o governo no norte. Neste acordo foi garantida autonomia ao Sudão
do Sul, pondo fim a 17 anos de conflito entre o Anya Nya e o exército sudanês. Se seguiram uma
década de relativa paz. Em 1983 este acordo foi rompido pelo
ex-presidente do Sudão, Gaafar Nimeiry,
quando este impôs a sharia – nome
que se dá ao direito islâmico – a todo o território do país.
A Segunda Guerra Civil Sudanesa (1983 - 2005) foi um conflito bélico ocorrido entre a
parte norte do Sudão e a parte sul, que
teve início em 1983 quando o governo muçulmano do norte tentou impor
a Charia em todo o país, inclusive no sul, onde
a maioria da população é cristã e animista. Embora para alguns,
seja a continuação da Primeira Guerra Civil Sudanesa de 1955 e 1972. Ocorreu, principalmente no sul do
Sudão e foi uma das guerras mais longas e mais mortíferas do final do século XX.
O conflito que durou
mais de 21 anos deixou aproximadamente dois milhões de civis mortos no sul,
como resultado da guerra, fome e doenças causadas pelo conflito, e mais de quatro milhões de refugiados e deslocados
internos.
O número de mortes de civis é um dos mais altos do que qualquer guerra desde a Segunda
Guerra Mundial.
Em 2004, algumas ONGs estimam que o SPLAM
incluiu de 2.500 a 5.000 crianças
em suas fileiras,
o grupo armado afirma que entre 2001 até este ano, havia
desmobilizado e devolvido para suas casas 16.000 crianças, no entanto, nos
processos de paz observadores internacionais notaram que muitos tinham vindo a
voltar ao grupo rebelde.
Após quase três anos
de negociações o conflito foi encerrado com a assinatura do Tratado
de Naivasha em 9 de janeiro de 2005. Os rebeldes do sul na luta contra o
governo de Cartum eram liderados por John Garang, que se tornou o
primeiro vice-presidente do Sudão após a assinatura do
acordo de paz. Da assinatura deste tratado surgiu a região autônoma do Sudão do Sul.
Fonte:
pt.wikipedia.org
Nenhum comentário :
Postar um comentário