– Os
Conflitos de Darfur:
Os conflitos de Darfur tratam-se de um
conflito étnico-cultural, que se iniciou por motivos políticos, e ganhou
contornos raciais ao longo dos últimos anos.
É um conflito armado em andamento na região
de Darfur, no oeste do Sudão, que opõe principalmente os Janjaweed (milicianos
recrutados entre os Baggara, tribo nômades africanas de língua árabe e religião
muçulmana) e os povos não-árabes da região. O governo sudanês, liderado pelo
general Omar Hassan Al-Bashir, embora negue publicamente que apóia os
Janjaweed, tem fornecido armas e assistência e tem participado de ataques
conjuntos o grupo miliciano.
O conflito iniciou-se em fevereiro de 2003,
com o ataque de grupo Darfunianos (minorias étnicas Fur, Zaghawa e Masalit)
rebeldes a postos do governo Sudanês na região, mas suas origens remontam a
décadas de abandono e descaso do governo de Cartum, eminentemente árabe, para
com as populações que vivem neste território. Promovido por forças militares,
hoje muitas vezes a formação de focos de poder dificulta as relações comerciais
com outros países.
Além dos problemas internos em Darfur, ainda
há a influência externa da China, que tem interesses no comércio de petróleo do
Sudão. Assis, sistematicamente, a China veta qualquer ação da ONU do território
sudanês.
– A
independência do Sudão do Sul:
Os conflitos que ocorrem atualmente no Sudão
e no Sudão do Sul, tratam-se de conflitos étnico-cultural e econômicos, que se
iniciou devido a diferenças de culturas no país e grandes reservas de petróleo
localizada no Sul.
A criação do Estado Independente do Sudão do
Sul é realizada após 12 anos de guerra civil e que deixou 1,5 milhões de
mortos. Em janeiro de 2011, 99% dos eleitores do Sudão do Sul votaram a favor
da separação da região, predominantemente cristã e animista (minorias étnicas),
em relação ao norte, governado a partir de Cartum, onde a população é em sua
maioria muçulmana e de origem árabe.
Apesar de possui grandes reservas de
petróleo, o Sudão do Sul nasce como um dos países mais pobres do mundo, com a
maior taxa de mortalidade materna, a maioria das crianças fora da escola e um
índice de analfabetismo que chega em 84% entre as mulheres.O medo de novos
conflitos ainda existe nessa região, nas fronteiras entre o Norte e o Sul
restam áreas sem definições e um possível conflito é inevitável devido à
riqueza de combustíveis fósseis na região de Abyei.
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