As relações entre Sudão e Sudão do Sul foram estabelecidas oficialmente em 9 de julho de 2011 após a independência
deste último por meio de um referendo de
autodeterminação realizado em 9 de janeiro de 2011. A República do Sudão reconheceu a República do Sudão do
Sul na véspera da independência, e diversos países também o fizeram ou
anunciaram a intenção de fazê-lo.
No entanto, ambos continuam a enfrentar a
insegurança dentro de suas fronteiras. Parte
da tensão entre os dois países resulta das negociações sobre essa demarcação,
que guarda a disputa por cinco áreas. Além disso, cerca de 75% das reservas de petróleo estão no Sudão do
Sul, que precisa utilizar a infraestrutura do Sudão para exportar o produto.
Pouco antes da
separação do sul, o governo
sudanês entrou em uma ação
militar agressiva contra seus civis nas zonas de fronteira de Abyei e Cordofão
do Sul,
deslocando cerca de 200 mil pessoas. A violência em Cordofão do Sul e Darfur persiste, e
o presidente do país, Omar al-Bashir, é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
- As primeiras guerras
civis
A primeira guerra civil, ocorrida entre 1955 e 1972, foi travada entre o governo sudanês
e os rebeldes do sul, que exigiam uma maior autonomia do norte. A guerra
terminou com o Tratado de Adis Abeba de 1972, que concedeu uma
autonomia regional significativa ao sul nas questões internas.
A segunda guerra
civil estourou em 1983, devido às queixas de longa data, em
seguida, exacerbadas pela decisão do presidente Yaffar al Numeiry de introduzir a lei islâmica. As negociações
entre o governo e o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA) ocorreram em 1988 e 1989, mas foram abandonadas quando o
general Omar al-Bashir assumiu o poder no golpe militar de 1989. Bashir continua a ser o presidente
do Sudão, atualmente. A luta por recursos, a autodeterminação do sul e o papel
da religião no Estado eclodiram entre o governo do Sudão e os rebeldes por mais
de duas décadas. A guerra deixou dois milhões e meio de mortos e quatro milhões
de deslocados.
Os mediadores
internacionais, liderados pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), e apoiados
pela intensa diplomacia dos Estados Unidos, ajudaram a selar a
paz entre o governo do Sudão e o SPLA, em 2005. Mas enquanto a atenção internacional
se concentrou em encontrar a paz entre o norte e o sul, outro conflito surgiu
na região oeste de Darfur.
Fonte:
pt.wikipedia.org
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